quinta-feira, 12 de julho de 2007

Lisboa

É mais do que natural que António costa ganhe Lisboa, nas eleições do próximo domingo. O PSD deitou fora a câmara nos anos Santana/Carmona e o PS basta-lhe esperar o poder no colo. Mas qualquer resultado abaixo do de Carrilho — 34 ou 36 por cento — tem de ser uma derrota socialista. Quererá dizer que Costa não consegue ultrapassar o professor universitário intelectual.

Por isso, e por Sócrates olhar para Lisboa com um sorriso — já se viu livre de Costa e sua sombra —, o resultado do candidato socialista vai definir se ele é mesmo o sucessor de um primeiro ministro autoritarista ou apenas uma promessa incumprida.

A Carmona basta-lhe ser eleito. A Roseta também. A Negrão, basta-lhe atingir os 17 por cento, que não será fácil, para defender a honra do convento. Ou então, assistir à queda de Mendes com uma T-Shirt estampada de "Não fui eu".

As eleições de Lisboa têm assim um princípio simples: se o PS ganha por muitos, Costa pode ser o próximo líder socialista. Se Negrão perde por muitos, Menezes, Rui Rio ou Aguiar Branco terão que avançar mais depressa do que queriam. Em suma, as eleições são nacionais, mas só os lisboetas é que votam.

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